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A evolução das técnicas de Transplante Capilar

A técnica moderna de transplante capilar utilizada nos dias de hoje teve início em 1939, pelo Dr. Okuda, um Dermatologista Japonês. Num estudo, apresentou 200 casos de reconstrução nas alopecias de origem cicatricial (queimadura), cuja técnica se baseava no uso de pequenos enxertos de couro cabeludo (entre 1 a 5 mm de diâmetro), que eram colocados em áreas lesada pela queimadura. Assim comprovou que os cabelos continuavam a crescer após serem enxertados.

Estabeleceu os princípios de transplante de cabelo, pelo método dos tufos. Estes consistiam em pequenos fragmentos de couro cabeludo com vários folículos pilosos, retirados com bisturi ou com punções por biopsia, das zonas temporoccipitais, não envolvidas no processo de calvície. Okuda foi o primeiro a utilizar punchs, bisturis circulares que retiravam cilindros de pele para transplantar cabelo para o couro cabeludo, bigode e sobrancelha.

Em 1943, Tamura transferiu enxertos com apenas um fio de cabelo para a região púbica.
Em 1952, um dermatologista de New York chamado Dr. Norman Orentreich, realizou um importante trabalho a favor da cirurgia de transplante capilar, muito semelhante à técnica do Dr. Okuda, para o tratamento da calvície. Ele fazia a recessão dos enxertos da área dadoras com punches de 2,5 a 4 mm e transplantava para a área de alopecia.

Desse modo, percebeu que os folículos transplantados continuavam a crescer na área de calvicie e mantinham as suas características originais. Determinou portanto, que o folículo é“ área doadora dominante”.
Também realizou estudos sobre a fisiopatologia da calvície, sugerindo que a mesma seria provocada por fatores encontrados em certas localizações do couro cabeludo.

O Dr. Orentreich foi a primeira pessoa a utilizar a técnica de transplante capilar no mundo para tratamento de calvície, descobriu que o cabelo, quando transplantado, mantém as mesmas características da área de onde foi removido. Isso significava que o cabelo retirado de uma área que não continha o código genético para a calvície, mantinha essa característica quando transplantado para uma área calva,isto é, este cabelo transplantado não cai. Nascia assim o transplante capilar moderno.

Na década de 80, foram publicados estudos por diferentes autores, nos quais utilizavam menores enxertos, chamados de minigrafts e micrografts. Notou-se melhoria estética significativa quando comparado com às técnicas antigas.

Nesta mesma década, um estudo laboratorial do couro cabeludo, realizado pelo Dr. Headington, comprovou que os cabelos crescem em pequenos grupos contendo de 1 a 4 fios, juntamente com glândulas sebáceas e músculo pilo eretor. Desse modo, esse conjunto foi denominado de Unidade Folicular.

No final dos anos 80 surgiu a técnica do punch, em que os cilindros de pele eram usados para a obtenção de enxertos menores, o que permitia uma linha anterior mais natural. A partir daí surgiu a ideia de obter cabelo da área doadora pela recessão de um fuso de pele (FUT), dividindo-o a seguir em enxertos contendo 1 a 2 fios (microenxertos) e 3 a 8 fios (mini-enxertos).

Em 1988, o Dr. Bobby Limmer foi o primeiro cirurgião a usar o microscópio, um dos marcos mais importantes na história do transplante capilar, publicou um trabalho que demostrou o uso do microscópio para dissecar os enxertos e obter unidades foliculares contendo 1 a 3 pelos. Esta evolução permitiu resultados mais naturais, mas tornou a cirurgia muito mais demorada, com a necessidade de uma equipe maior. O custo cirúrgico também aumentou, mas os resultados melhoraram. ​

Nos anos 90, Dr. Rassman, com o objetivo de evitar cicatrizes e diminuir a morbidade na área dadora, apresentou a técnica de extração de unidade folicular através de micropunchs e deu o nome de FOX ( Folicular unit extraction), com o tempo os punchs  tornaram-se  menores e a técnica ficou  cada vez mais elaborada.

Nos dias atuais é denominada de FUE ( Folicular Unit Extraction), pode ser aplicada tanto na área doadora do couro cabeludo, como em outras áreas do corpo ( pelos da barba, tórax e membros.
Existe também outras técnicas como a FUT , HÍBRIDA ( FUT+FUE) , BHT (Body hair transplant), FUE (Manual, Motorizada e Robótica).

Considero o Transplante Capilar como a área cirúrgica que mais evoluiu nos últimos tempos, com novas técnicas ou associação delas ,novos instrumentais para extração e implantação dos folículos foram desenvolvidos, lupas cirúrgicas muito potentes invadiram o mercado , estamos vivendo uma verdadeira revolução no Transplante Capilar com resultados cada vez mais naturais e estéticos.

Sendo assim, a melhor forma de saber qual é o tratamento mais indicado para cada paciente é consultando um especialista em Restauração Capilar, entrando no site da ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar) e fazendo nele a busca por médicos especialistas habilitados para realizar o Transplante Capilar. Best Rolex Replica Website

Os procedimentos de Transplante Capilar são personalizados de acordo com a demanda de cada indivíduo. Afinal, cada caso é um caso.
Não existe uma técnica ideal para todos os casos, existe uma técnica que será ideal para o seu caso específico , após a avaliação e indicação do cirurgião, o paciente escolhe o procedimento mais conveniente .

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